segunda-feira, 25 de julho de 2022

Estado da Nação

Hoje, não há palavras neutras

Liberdade, Democracia, Humanismo, deixámos que fossem apropriadas todas. E os tais discursos edificantes também estão todos mortos. Agora não só é necessário ler as entrelinhas, como temos que ler por trás das linhas, a cor das linhas, o sombreado, o itálico, a palavra que nos sussura, aquela vírgula que nos desperta às bofetadas, aquele cinismo de todos os pontos de exclamação. A desconfiança passou, portanto, a ser a única atitude possível.

Sabemos hoje, muito melhor que ontem:
A selectividade dos silêncios 
É todos os dias um acto político

2 comentários:

  1. Também me parece que o silêncio é, por vezes, a melhor resposta. Abunda a palavra mal gasta, usada por quem a não merece nem respeita. Há muito ruído no mundo.

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