A multiplicidade do eu não é ciência exacta nem utensílio para tornar versos mais interessantes. Ser plural não é vantagem evolutiva. Não é existir sendo vários. Não é acordar e decidir: Hoje, sou isto. Não é ter a liberdade do controlo. Não é crescimento individual. Não é compreensão do próprio. Não há fascínio nenhum no colapso. Não é conhecer as linhas do corpo nem entender a complexidade da mente.
Não é.
É só sobreviver em permanente conflito com a ambiguidade de ser nada e nunca tudo. Os flutuantes.
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