Eu e tu
Eramos divergência,
Corpos unidos em mentes distantes
Jovialidade indiferente ao pensamento
Felizes num conjunto inconsciente,
Mas corria tão pouco de substância e
escasseava tanto a razão.
Não há rios sem trajectória.
Eu e tu
Eramos convergência,
Mentes unidas em corpos distantes
A maturidade de crescer consciente
Felizes na segurança de nós próprios,
Mas corria cada vez menos vibração e
escasseava a profundidade.
Não há rios sem poesia.
Eu e tu?
Talvez sejamos apenas uma ideia,
Existentes nas palavras que ecoam no silêncio
Crentes em semelhanças, ainda que,
despertos pela curiosidade da diferença.
Tu, que me perturbas sem cuidado e
que me invades sem me tocar
Tu, és toda uma outra energia
E não há rios sem nascentes.
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