sábado, 4 de julho de 2020

Em resposta

Dias de chuva larga,
Noites frias de cansaço fácil.

Sofás sem mantas,
Cheiro a casas vazias,
Salas nuas de pessoas quentes.

Silêncios pesados ou
ausência de silêncios leves.

Medo da posse e da perda,
Receio de não saber ser só
eu. Esquecer o meu nome.

Lugares desonestos, sempre
cobardes na insinceridade.

Pessoas que vão sem duvidar, 
Quem se evapora sem dificuldade. 
Gente que deixa pendurada a memória, 
Sem palavras, sem saudade. 

É isto.
O que me faz sofrer. 

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