Hoje, não há palavras neutras
Liberdade, Democracia, Humanismo, deixámos que fossem apropriadas todas. E os tais discursos edificantes também estão todos mortos. Agora não só é necessário ler as entrelinhas, como temos que ler por trás das linhas, a cor das linhas, o sombreado, o itálico, a palavra que nos sussura, aquela vírgula que nos desperta às bofetadas, aquele cinismo de todos os pontos de exclamação. A desconfiança passou, portanto, a ser a única atitude possível.
Sabemos hoje, muito melhor que ontem:
A selectividade dos silêncios
É todos os dias um acto político