Não penso, logo não existo
Tão pouco importa que exista
Essa treta toda profundamente literária
Esses pensamentos todos pseudo-complexos
Essa ambiguidade fútil, fingida, forçada
Não serve grandes propósitos, nem faz correr searas, nem
semeia rios, nem
colhe pingos de chuva.
Ocupa-te para que não penses
Não penses para que não existas
Não existas para que não incomodes
Dir-te-ão até ao fim do tempo
Repetirão sempre que oportuno
com raiva ou
subtileza ou
profunda frustração.
Acontece que as palavras nascem
de um incomódo, uma angústia, um sufoco
As palavras e nós
Se não aguentas as palavras
Se te perturba a cognição inútil
Vê um filme ou
troca de livro ou
não existas.
domingo, 20 de março de 2022
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Pronto, está a receita dada. O melhor é trabalhar e ocupar-se a não existir. Para quê pensar, afinal. Urge é que mudemos a definição de homem. Está dito, passa a ser um indefinível. E tudo lá pode caber.
ResponderEliminarBom dia.
É...muitos são aqueles que parecem querer induzir-nos na não existência. Urge resistir existindo o mais possível, da forma mais intensa que conseguirmos 😉
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