A ti que nasceste com nome de mar
E flutuas nesse limiar ténue
Entre o fundo do oceano e o princípio do mundo
Queria dizer-te que te invejo
Invejo essa tua espontaneidade crua
A energia que trazes a rebentar no corpo
Capaz de contagiar a humanidade inteira
e fascinar seres secos e rígidos como eu.
Eu que nunca soube como encher uma sala
E sempre procuro o pequeno conforto do canto
Olho-te quando entras, pronta a transbordar o rio,
e penso que essa força toda só pode vir do teu nome.
E tu vais alegar que é falso, que não és nem nunca foste tu,
Mas pouco importa a tua inconsciência de ti
Pouco importa se sabes que há tantos dias de mar alto
Quantos dias de serena maresia
Pouco importa que saibas que te invejo ou não
(Talvez por isso nunca to tenha dito assim)
A única importância é que não te esqueças,
Que tens nome de mar. E o mar,
não acaba nunca.
Gostei muito deste poema, a pessoa a quem é dedicado deve ter ficado feliz. :-)
ResponderEliminarUm beijinho, Alice.
🌻
Muito obrigada Maria, por acaso ainda não ganhei coragem para lhe mostrar... um dia destes
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