sábado, 4 de julho de 2020

As pessoas, tal como os livros, devem ser deixadas livres. Livres para ir ou para ficar. Livres para ser ou para deixar de ser. Os livros não são de ninguém. Muito menos são do comprador, porque não se compram sentimentos, nem estão à venda lágrimas ou sorrisos. Os livros são de quem os lê com intensidade.

6 comentários:

  1. Olá Alice,

    Os livros são de quem os lê com intensidade.
    É verdade. E no entanto eu sou muito possessiva com os meus livros: gosto de tê-los perto de mim, de pegar-lhes, de os ler quando me apetece...
    Parece que ainda tenho muito que aprender ;)
    🌻

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    1. Olá Maria,

      É verdade, há sempre a tendência de sermos um bocadinho possessivos com os nossos livros.

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  2. Gosto da ideia de os livros serem de quem os lê. Mas cada um lê como é e lhe convém. Um dia, alguém apôs à minha pessoa o termo intenso. Calei e pensei que a intensidade não era minha mas de quem assim me julgava e em mim descobria o que era afinal pertença sua.
    Os livros são sempre de quem os lê e estão para ser lidos. Mas atenção, se o comprador os ama, pode crer, são dele. Não sei se também intensamente, nem isso me parece importante. Eu, que me desprendo com facilidade, estou presa a alguns dos que tenho e faz-me bem tê-los, protejo-os quanto posso, dou alguns, empresto, espreito-os de quando em quando e por vezes releio um ou outro.

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    1. Parece-me bem sim, que os livros sejam de quem os lê e os ama, seja de que forma for.

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  3. Fiquei preso à contradição de os livros não serem de ninguém, para mais à frente passarem a ser de quem os lê com intensidade. Aliás o termo intenso lembra-me o café. E já agora, quem não os ler com intensidade, mas com suavidade, saboreando frase a frase, palavra a palavra, já não tem o direito de se apropriar da obra? Não me convence, pois, o argumento.
    Na minha modestíssima opinião, os livros são de quem os escreve. Os ecos que o livro encontra no leitor é outra coisa, é de outra dimensão.
    As pessoas devem ser deixadas livres para ir ou para ficar, depende portanto da sua razão, do seu livre arbítrio. Quanto aos livros, a questão não faz sentido colocar-se, eles não são seres pensantes, não de determinam.
    Entretanto Alice, vá em frente com o seu blog, prometo vir aqui sempre que puder, não veja as minhas críticas a este seu post como algo de desanimador, antes pelo contrário, é pela troca de argumentos que nasce a luz, e, se for filha de quem eu penso, os genes prometem muito...
    Ah, e já me ia esquecendo, mantenha-se livre, sempre!

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  4. Olá Joaquim, parece-me bem a sua versão. Realmente os livros não são como as pessoas, mas as analogias também não são assim tão literais :)

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